Resenha: O Céu esta em todo lugar.

O livro todo tem 3 simples caminhos. Os pensamentos de Lennie após a morte de sua irma mais velha, Bailey; Sua mãe desaprecida ; E um amor repentino na hora errada. Não falarei muito desse livro pois darei obviamente um Spoiler, então apenas explicarei o que achei e alguns fatos do estória em si. Jandy me surpreendeu, me prendeu e não tenho vergonha de dizer isso, pelo ao contrario, é raro um livro que fala sobre morte me manter tão fixa e presa em uma leitura, e enfim, esse conseguiu! A estória é baseada em sua irmã Bailey que falece, Lennie e sua familia estão devastados pela dor e pelo choque que vivenciaram tão de repente, e dentre a leitura, há muitas explicações da amizade entre as duas e com sua mãe que sumiu de repente quando eram menores. Criadas pela avó e seu tio, Big, Lennie conta todos os detalhes de seus novos passos após ter perdido sua irmã. Novos passos à escola, aos mesmos caminhos que faziam, e de seus pensamentos mais secretos sobre a amizade das mesmas. Entretanto, entre muito sofrimento e muita confusão de sentimentos, aparece, Toby, ex-namorado de Bailey, na qual Lennie começa a lutar contra com unhas e dentes do amor, do amor que começara e sentir pelo mesmo, pelo ex namorado de sua irma. Resumindo, um amor pelo seu ex cunhado. Ridiculamente fofo, extraordinariamente conquistador na visão de Lennie, onde Tobi aparecia sempre com croissants quentinhos e seu violão toda manhã na casa de sua avó para não apenas animar Lennie, mas toda a familia da mesma. A cada capitulo, há sempre um novo pensamento de Lennie em formas de poemas, musicas, lembranças de suas conversas, promessas cumpridas e de sua maravilhosa amizade. 

- O que há de errado, Lennie? 

- Nada

- Diga-me

- Não.

- Vamos, fale de uma vez. 

                          [ É que você esta diferente] 

- Ta bom. 

- Como? 

- Como a Zumbilândia. 

- Estou apaixonada Len -

                        [Nunca me senti assim antes]

- Assim como? 

- Como que para sempre

- Para sempre? 

- É. É isso. Ele é o tal. 

- Como você sabe? 

- Um passarinho me contou. O passarinho sabe. 

Meninas, o que vão querer de jantar? 

Meninas, o que vocês querem que eu pinte? 

Meninas, o que vocês querem fazer nesse fim de semana? 

As meninas já foram para a escola? 

Ainda não vi as meninas hoje. 

Falei para as meninas se apressarem! 

Onde estão as meninas? 

Meninas, não se esqueçam de levar o almoço. 

Meninas, voltem as 23 horas.

Meninas nem pensem em nadar - esta congelando lá fora. 

As meninas virão para a festa? 

As meninas foram ao rio ontem à noite?

Vamos ver se as meninas estão em casa?  

Alguém da aula de teatro da Bailey

gritou 'bravo' no fim do velório

e todo mundo ficou de pé

e começou a aplaudir.

Lembro-me de achar que o teto ia despencar

por causa do barulho do trovão das mãos

de que a dor era aquela sala repleta 

da luz faminta do desespero.

Aplaudimos por dezenove anos

um mundo de que Bailey fazia parte, 

não paramos de aplaudir.

Quando o sol se pôs, a lua surgiu

quando todas as pessoas se enfileiraram em nossa casa

com comida e uma tristeza frenética

não paramos de apludir

até nascer do dia.

Quando fechamos a porta

para Toby,

que tinha de levar sua tristeza para casa.

Sei que já passamos daquele ponto

tomamos banho, dormimos e comemos,

mas na minha mente, vovó, Big e eu 

ficamos assim por semanas

apenas olhando para a porta fechada 

tendo nas mãos

nada além de ar.